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Expedição Pantanal

No Pantanal, a cobra caninana é chamada de “cantagalo”

Por: Equipe Vai Por Mim e Ricardo Martins

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Você conhece a cobra caninana? Desta vez, a aventura do Ricardo Martins começou com fortes emoções. O fotógrafo se deparou com o bicho e percebeu como estava antenado em tudo ao seu redor. Mas ele não se intimidou, e tirou fotos da cobra cantagalo, como é conhecida na região.

A jornada ainda contou com flagras emocionantes de animais como o urubu-rei e os bugios. Além disso, batemos um papo com a Dra. Cátia, uma especialista em áreas alagadas, e soubemos da importância vital da água na região durante períodos de seca extrema.

Quer sentir a viagem? Vem curtir com a gente e se maravilhar com toda a diversidade que o Pantanal apresenta.

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Conheça a cobra Caninana: a Cantagalo do Pantanal

Spilotes pullatus, esse é o nome científico dado à cobra caninana, também conhecida regionalmente como cobra cantagalo. Ela é encontrada em regiões com vegetação, como Mata Atlântica, Cerrado e Floresta Amazônica, mas também pode visitar áreas urbanas.

A espécie de hábitos diurnos vive tanto nas árvores quanto no solo, sendo considerada um animal semi-arborícola. Mas é nas árvores que elas encontram suas presas, as quais geralmente são roedores, aves e ovos de aves. Ah, também existe a possibilidade de a caninana comer outras cobras.

No vídeo, você pode perceber como é a cobra caninana: possui coloração rajada preta e amarela. Essas faixas são como as manchas da onça-pintada, ou seja, não seguem um padrão específico, cada indivíduo tem a sua própria impressão.

E qual é o tamanho da caninana? Bom, esse réptil não é dos menores, viu?! A cobra possui cerca de 2,5 metros de comprimento, sendo que as fêmeas costumam ser maiores devido à necessidade adaptação para carregar ovos. Por falar nisso, a caninana produz uma média de oito ovos.

Cobra caninana avistada no durante expedição no Pantanal.
Ricardo Martins fotografa a cobra cantagalo no Pantanal.

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A cobra caninana é venenosa?

A gente sabe que essa é a sua maior curiosidade. Saiba que a cobra cantagalo ou caninana não é venenosa. O tipo de dentição dessa espécie é a aglifodonte, isso significa que seus dentes não carregam peçonha, assim como as sucuris e as jiboias.

Apesar dessa característica não-peçonhenta, a cobra tem um comportamento defensivo quando se sente ameaçada. Normalmente, ela ergue a parte dianteira do corpo, infla a parte posterior à cabeça e arma o bote para intimidar seu potencial predador.

Afinal, por que “cantagalo”?

E para finalizar essa sequência de informações sobre a caninana, vamos te contar por que ela é conhecida como cobra cantagalo. Primeiro, vamos recordar que essa é uma denominação regional, então provavelmente ela só é chamada assim no Pantanal.

O nome pode ter surgido por causa de algum comportamento comum do animal, assim como acontece com o bem-te-vi, sabe? O pássaro recebe esse nome porque emite um som que remete a essas palavras.

Enfim, a questão da cantagalo é a seguinte: devido ao seu tamanho, a caninana consegue se alimentar também de galinhas. Acredita-se que, ao invadir as criações para devorar galinhas, quando é flagrada pelo galo ela emite algum som semelhante ao canto do animal como sinal de alerta, daí a lenda da cobra cantagalo.

Espia só como ela é esperta!

Conheça outras espécies da fauna do Pantanal

O Pantanal é um bioma que recebe influência de outros domínios brasileiros, tais como o Cerrado, a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica. O Chaco, que também faz parte de países vizinhos, é mais um dos que se mescla ao Pantanal.

Essa combinação faz com que fauna e flora pantaneiras sejam riquíssimas em biodiversidade. Inclusive, o bioma abriga espécies endêmicas, isto é, que só ocorrem naquela região.

+ Veja o encontro de Ricardo Martins com o Tamanduá Bandeira no Pantanal!

+ Ele se encanta com os animais! Martins fotografou diversos bichos na nossa expedição pantaneira.

Há registros de aproximadamente 130 espécies de mamíferos, mais de 460 espécies de aves, cerca de 260 espécies de peixes, mais de 40 tipos de anfíbios e cerca de 110 espécies de répteis.

Os números podem ser ainda mais expressivos se levarmos em consideração que outras espécies não foram catalogadas, além das transformações decorrentes de atividades de agropecuária e mineração na região.

Infelizmente, há animais em risco de extinção, como o lobo-guará, a onça-pintada e o cervo-do-pantanal, por exemplo. Mas tantos outros habitam esse ecossistema, e Ricardo Martins teve a honra de avistar e fotografar quatis, bugios, antas e um solitário urubu-rei. 

Conheça alguns dos animais que compõem a fauna pantaneira:

  • Mamíferos: Veado-Campeiro, Capivara, Porco-Do-Mato, Anta, Quati, Bugio-Do-Pantanal;
  • Aves: Ema, Gavião-Preto, Garça-Branca, Jaçanã, Arara-Azul, Tucano-Toco, Jaburu;
  • Peixes: Dourado, Pintado, Piranha, Jaú, Cachara;
  • Répteis: Jacaré-De-Papo-Amarelo, Sucuri-Amarela, Jiboia Constritora, Calango, Tartaruga-Do-Pantanal.

Confira as incríveis fotos dos bichos no Pantanal sul-mato-grossense, por Ricardo Martins

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A presença da água como combustível do Pantanal

O Pantanal é caracterizado como a maior planície inundável do mundo, pois as águas do rio Paraguai transbordam com as chuvas. Assim, formam-se as áreas alagadas: baías, pântanos, lagoas e brejos.

Aliás, a região possui um ciclo bem definido pelas estações seca e chuvosa, onde há períodos de umidade e fases de seca extrema. 

É super interessante observar como os animais adaptam seu comportamento em cada uma dessas temporadas. Na época de seca, eles se agrupam em pequenas poças e até mergulham a cabeça no barro para conseguir matar a sede. Já na estação chuvosa, os mamíferos costumam ocupar as partes mais altas para que jacarés e outros bichos possam desfrutar das plantas aquáticas e dos alimentos.

Quando acontece alguma alteração nesse sistema, a situação desse bioma fica bem diferente, pois a água é a riqueza do Pantanal. Assim explica a Dra. Catia Nunes da Cunha, uma das maiores especialistas em áreas alagadas do Brasil.

Ricardo Martins: o fotógrafo que respira natureza

Há momentos que ficam gravados na memória, outros são eternizados pelo olhar de quem aprecia o meio ambiente com o coração e com a alma. Ricardo Martins, além de nosso parceiro nesta expedição, é um renomado fotógrafo especialista em registros da natureza e autor de 12 livros com suas obras.

O Pantanal é um dos responsáveis por sua profissão, já que Martins carrega no sangue a herança de um pantaneiro, seu pai, nascido em Aquidauana (MS). Seu aprendizado se deu inicialmente na Mata Atlântica, e tudo isso explica a conexão que o fotógrafo tem com as cores, formas e movimentos da natureza.

Quer ver mais conteúdos dele no berço do seu ofício?

+ Ricardo Martins nos convida a uma incrível imersão no Pantanal sul-mato-grossense.

+ Impossível não se apaixonar pelo nascer do sol pantaneiro!

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Sinta a viagem: faça você também uma expedição pelo Pantanal!

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Agora, sem mais delongas: vamos para o último episódio da expedição Pantanal para conhecer a tão famosa onça-pintada.

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Comentários (1)

Antonio Vasconcelos Nascimento

Gosto de tudo que é natureza!

Círculo preenchido de cores degradê verde claro e amarelo
Equipe Vai por Mim

Oi, Antonio, nós também amamos! Já assistiu nosso episódio sobre os animais da Amazônia? Também gravamos sobre a natureza no Cerrado, veja: Do Lobo-guará ao Tamanduá-bandeira: conheça a fauna do Cerrado brasileiro

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